Sempre
que expressamos alguma ideia a alguém, devemos fazê-lo com o máximo de
profundidade possível, para favorecer ao outro estabelecer reflexões na mesma
intensidade. Mesmo quando tratarmos de questões menores e de coisas pequenas do
dia-a-dia com alguém, façamo-lo com o objetivo de ampliar a percepção de quem
conosco dialoga. Fala-se ao coração também com o olhar compreensivo nos olhos
do outro, prestando-lhe atentamente a atenção no que diz e aceitando-lhe de
forma acolhedora. Quem fala deve fazê-lo com voz pausada e tranquila,
veiculando através dela a amorosidade de que é portador. Alcança-se o coração
do outro quando se planta uma semente de esperança no mar de incertezas em que
se vive. Falar ao coração é deixar marcas sutis na alma de quem nos ouve. Tal
fala é flexível e não contém verdades pré-fabricadas ou absolutas nem se revela
exclusiva.
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