sexta-feira, 31 de maio de 2013

Companhias


Seguindo-te, caminha uma nobre companhia que te supervisiona os passos, guiando-te na senda da vida.
Trata-se de ente querido que colocou o coração a serviço de teu destino, para que nunca te esqueça da importância de amar.
Segue-te desde que voltastes ao novo corpo, na esperança de que sempre sorrias ante as provas da vida.
Muitas vezes, em bela imagem na consciência, mostra a ti, o quanto podes realizar em teu favor e do próximo.
Sem cansaço, secunda tuas forças para que nunca te falte energia nas realizações e no esforço de progredir.
Sobretudo, está ao teu lado para que te lembres que tu pertences às hostes do Cristo, cujo mandamento maior contempla servir, perdoar e amar sempre.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Nietzsche (1844-1900)


Ler Nietzsche, em O Anticristo, significa entrar em contato com o mais contundente filósofo crítico. Essa leitura provoca dois sentimentos: o primeiro é de admiração pela sua coragem em atingir com agressivas críticas, simultaneamente, a Igreja, a casta sacerdotal, os cristãos, os judeus, os alemães, os teólogos, o apóstolo Paulo, Lutero e todos que trocam a vida presente pela vida no além; o segundo, surpresa pela coerência com que distingue Jesus de tudo aquilo que fizeram de sua mensagem. Sua escrita apaixonada e, por vezes, apaixonante, mesmo quando se equivoca com interpretações forçadas dos textos do Evangelho, denuncia o espírito obstinado em seus bem definidos propósitos. Seu ataque ferrenho ao Cristianismo tinha endereço certo: a Igreja que se construiu depois da morte de Jesus e os erros cometidos pelos cristãos, principalmente a negação da vida material. Seu olhar foi dirigido aos fatos que marcaram o Cristianismo até o Século XIX, bem como a todos os pais da Igreja. Culpou os próprios alemães por terem se deixado contaminar pelo Cristianismo. Ao lê-lo, pode-se amá-lo e odiá-lo, ao mesmo tempo, porém não se pode negar sua disfarçada admiração pela pessoa de Jesus. Sem o querer, creio eu, mostrou-se muito próximo de Jesus, principalmente quando tentou limpar a mensagem do Evangelho das contaminações dos  que deram continuidade a sua divulgação. É certo que Nietzsche foi cruel em suas críticas, mas não se pode retirar-lhe a genialidade de suas ideias nem tampouco a capacidade de ler a história das civilizações com bastante competência. Assim como Jesus convidou Saulo de Tarso para dar continuidade à disseminação de suas ideias, provavelmente, numa próxima encarnação, chamará Nietzsche para juntar-se às suas hostes. Espero que a consciência da imortalidade possa ter dado, a esse notável filósofo, mais amorosidade, mais vontade de elevar os fracos e oprimidos à categoria de nobres e possa, também, ampliar sua vontade de construir um mundo melhor.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Proteção


Qual a melhor proteção que podemos ter contra o mal?
Como nos proteger do desconhecido que, porventura se volta contra nós mesmos?
Como evitar que o nosso próprio mal possa, inadvertidamente, atingir o outro?
Como evitar que forças malignas nos atinjam em face de vivermos num mundo onde ainda vigora o mal?
Como impedir que o mal nos contamine, a ponto de nos levar a atos insanos?
Como nos proteger do que nos atrai ao mal?
Só há uma resposta: querer para o outro o melhor de si, pois isso desenvolverá a bondade e o amor no interior de própria alma; são sentimentos capazes de proporcionar a paz em torno de quem os cultiva. O amor que se sente é a verdadeira energia da vida.

domingo, 26 de maio de 2013

Energia da cura


A cura do corpo me dá tranquilidade para seguir a vida.
A cura da mente equilibra minhas ideias, trazendo-me harmonia.
A cura da alma me permite um melhor entendimento a respeito de Deus.
Quando beneficio alguém, contribuindo na cura de seus males, vejo a mim mesmo.
Quando desejo que o melhor de mim alcance meu irmão, protejo-o de mim mesmo.
Quando a energia da vida flui pela minha intenção de curar, divinizo meu ser.
Sempre que permito a veiculação da energia da cura através de minha própria alma, torno-me irmão de meu irmão e um com o Divino.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Três montanhas


Vi a primeira montanha. Como me pareceu muito alta e de difícil subida, contornei-a, demorando-me a chegar ao destino a que me propunha. Tempos depois, soube que tinha um nome.
Vi a segunda montanha, assim que ultrapassei a primeira. Não era mais alta, mas cheia de irregularidades que impediam uma subida segura; novamente contornei-a e, por ser mais extensa, demorei-me mais ainda. Depois, soube que tinha um nome.
Vi a terceira montanha, logo após ter ultrapassado a segunda. Pareceu-me inofensiva e pouco íngreme, mas havia uma floresta no início da subida; não podendo contorná-la, adentrei-me confiante e logo deparei-me com um homenzinho, que me disse: – Seja bem-vindo, aqui é sua casa.
Deu-me mantimentos, ferramentas e um livro. Segui em frente, encontrando tudo que me trazia alegria e felicidade; logo cheguei ao destino. Soube, então, seus nomes: adolescência, adultez e maturidade.