Todo
ser humano tem seus limites em relação à força física que possui, ao
conhecimento intelectual que pensa ter, à capacidade em educar seus instintos.
Tais limites vão se ampliando à medida que as experiências se acumulam na
caminhada evolutiva do Espírito. As experiências emocionais são mais geradoras
de aprendizados do que aquelas exclusivamente intelectivas, por conta de sua
maior fixação, motivo para se educar as emoções sem delas fugir como se fossem
impeditivas à descoberta de si mesmo. Estimular a intuição nos mais simples
momentos, será útil para quando dela necessitar, principalmente quando a lógica
da Consciência estiver ausente. Estimular a intuição é tentar prever certas
ocorrências cotidianas, visando aguçar a mente, deixando-a disponível à
captação em frequências superiores à da Consciência. Exercitar a intuição fará
com que se ampliem os limites da Consciência e as capacidades latentes do
indivíduo.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 8
Além
desses exemplos deve-se procurar qualificar-se melhor no que faz, engajando-se
em cursos de capacitação, e sempre buscando melhores maneiras de fazê-lo. Ler
ou assistir a documentários sobre a vida dos animais, das plantas e de antigas
civilizações é importante para que se possa entender melhor o momento presente.
Interessar-se por cozinha, pelo funcionamento das máquinas, pela vida de
pessoas ilustres, pelos trabalhos dos gênios da Humanidade pode despertar ideias
e desabrochar habilidades latentes. É fundamental descobrir e também exercitar
o aprendizado de novas coisas.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 7
Escrever, esculpir, teclar e pintar são quatro exemplos simples, aparentemente despretensiosos, mas que podem
produzir efeitos significativos. Os resultados são obtidos após várias
tentativas e depois de algum tempo de observação sobre si mesmo. Pode-se tentar
fazer o mesmo em relação a tudo que se esteja ocupando no momento, exercitando a
memória, incentivando a criatividade e aceitando os desafios que naturalmente
surgem na própria vida. Esforçar-se em fazer melhor e de uma outra forma leva a
pessoa a descobrir que sabe mais do que imagina, e isto desenvolverá sua
criatividade, tornando sua vida melhor, pois a rotina deixará de estar
presente. O bom da vida deve ser vivido explorando-se todos os potenciais
latentes no Espírito. Em tudo que a pessoa atua conscientemente, deve procurar
qualificar-se mais, executar melhor e aprimorar-se constantemente, pois a Vida
sempre lhe mostrará possibilidades surpreendentes para que lhe aconteça algo
superior e transcendente. Capacitar-se mais e repassar o saber é viver o bom da
vida com todos os potenciais de seu ser.
terça-feira, 27 de junho de 2017
Ter consciência de aptidão pessoal 6
4.
Experimente a pintura. Compre umas três ou quatro telas, dois ou três pincéis e
tinta barata, mas adequada. Inicie a desenhar, copiando imagens conhecidas.
Você poderá descobrir a habilidade tida no passado. O exercício também pode ser
feito com lápis coloridos, o que se torna mais prático e menos custoso. A
liberdade de criar, utilizando o lápis colorido, é maior e permite mais
flexibilidade para a variação de temas. A materialização das imagens mentais no
papel, pelo desenho ou pela pintura, é consequência do processo de simbolização
dos conteúdos inconscientes que facilita a rememoração de habilidades
aprendidas no passado.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 5
Exercite suas habilidades:
2. Pegue um caderno, uma caneta tipo esferográfica e comece a escrever sobre qualquer assunto. Tente, por exemplo, escrever uma poesia, sem a preocupação com rima, mas com um conteúdo abstrato referente ao amor ou outro tema que você domine. Argumente, exponha, critique, opine; não se preocupe com erros gramaticais, pois você está apenas treinando. Faça o mesmo por alguns dias. Verá então, com o tempo, que poderá ter essa habilidade retornada caso a haja adquirido no passado.
3.
Num computador, inicie a teclar um texto desenvolvendo um assunto sobre o que
sempre quis discorrer, mas não encontrava tempo nem interlocutor para ouvi-lo.
Experimente fazer em formato de carta a um amigo, real ou imaginário, buscando
fazer-se entender. Verá que é possível expressar algo sem ter o domínio
completo da arte de escrever bem. Procure não economizar palavras nem abreviar
seu pensamento. Detalhe cada ideia, utilizando-se de adjetivos e de expressões
usuais para caracterizar bem o que vem à sua Consciência. O despertar dos conteúdos
inconscientes também obedece aos estímulos provocados pela Consciência. No
exercício de escrever, provoca-se a construção de imagens capazes de evocar
conteúdos adormecidos.
domingo, 25 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 4
É
preciso que evoquemos nossas habilidades latentes e acreditemos que elas façam
parte do Inconsciente, encoberto pelo véu do esquecimento do passado
reencarnatório. Para que esses conhecimentos possam ser estimulados a vir à
tona podemos recorrer a alguns exercícios, cujo objetivo é formar símbolos e
imagens para que a consciência se conecte aos conteúdos latentes gerados pelas
habilidades já conquistadas. Seguem-se alguns desses exercícios.
1.
Inicie algo simples, de fácil execução e que não envolva qualquer risco a você
ou a terceiros, por exemplo, esculpir uma imagem ou objeto em madeira. Pegue um
pequeno cubo de madeira maciça e não dura, de mais ou menos quinze centímetros
de cada lado. Munido de uma pequena faca de corte própria para madeira, inicie
a decepar o pequeno pedaço pensando em um determinado objeto. Você verá, tendo
paciência, que algo será produzido, talvez sem ter a qualidade que gostaria,
mas que se apresentará com algum formato próximo ao que você pensou. Repita o
processo algumas vezes e, talvez, uma antiga habilidade poderá ressurgir.
sábado, 24 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 3
A
consciência da própria imortalidade faculta a certeza da existência de
experiências pregressas acumuladas ao longo das vidas sucessivas do Espírito.
Tais experiências devem ser evocadas pelo indivíduo, independente de não se
encontrarem na Consciência, mediante a observação acurada de seus dotes e pela
percepção de suas tendências para a execução de certas atividades. Quanto mais
o Espírito integra a consciência de sua imortalidade, mais estimula
automaticamente o desabrochar de suas habilidades. O bom da vida será melhor
absorvido quanto maior for essa consciência. Saber e testar suas habilidades
não só promove o aumento da autoestima como também insere o indivíduo num grupo
social, contribuindo para que não haja motivo de inferiorização. A valorização
pessoal quando fundamentada em habilidades reais repercute de forma positiva na
personalidade, ampliando suas percepções quanto ao bom da vida.
Extraído do livro O bom da vida.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 2
Nem
sempre descobrimos nossos potenciais internos e habilidades escondidas. Às
vezes, elas são sufocadas pelo meio ou desestimuladas na educação familiar ou
formal. Num meio onde haja repressão de certas habilidades ou em que as
limitações maternas e paternas dificultem seu exercício, certamente haverá um dispêndio
maior de energia por parte do Espírito. É fundamental que o Espírito promova o
desenvolvimento de novas habilidades, que serão integradas às anteriores,
adquiridas em suas várias encarnações, para que se perceba capaz de viver no
mundo e de lhe extrair o melhor.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Ter consciência da aptidão pessoal 1
Todo
ser humano possui aptidões inatas que podem desabrochar mediante estímulos
oriundos de circunstâncias que emulam suas habilidades já conquistadas nas
várias encarnações. Na maioria dos casos, elas são despertadas desde a
adolescência, quando o Espírito completa o ciclo psicológico da consciência de
si. Por vezes, suas aptidões são aprimoradas pela repetição do exercício de
profissões assemelhadas exercidas no passado. É importante a tomada de
consciência dessas aptidões para facilitar suas escolhas profissionais, bem
como para que não se sinta incapaz ou inapto para dar sua contribuição ao
aprimoramento da sociedade.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Falar ao coração 3
Quando
tocamos o coração de alguém, esse alguém não nos esquece e busca de alguma
forma aproximar-se daquilo que nos ligou anteriormente. Ele fica com a
agradável impressão a nosso respeito, desejando prolongar o contato que tem ou
teve conosco. O coração é o campo no qual se gravam as experiências do
Espírito, as quais, quando se associam, formam o conhecimento das leis de Deus.
O intelecto é apenas uma função associativa, e seu desenvolvimento contribui
para a formação de redes emocionais que conectarão as experiências que se
assemelham. Falar ao coração de alguém é o mesmo que favorecer conexões
emocionais superiores, que proporcionam o rico aprendizado das leis de Deus.
Extraído do livro O bom da vida.
terça-feira, 20 de junho de 2017
Falar ao coração 2
Sempre
que expressamos alguma ideia a alguém, devemos fazê-lo com o máximo de
profundidade possível, para favorecer ao outro estabelecer reflexões na mesma
intensidade. Mesmo quando tratarmos de questões menores e de coisas pequenas do
dia-a-dia com alguém, façamo-lo com o objetivo de ampliar a percepção de quem
conosco dialoga. Fala-se ao coração também com o olhar compreensivo nos olhos
do outro, prestando-lhe atentamente a atenção no que diz e aceitando-lhe de
forma acolhedora. Quem fala deve fazê-lo com voz pausada e tranquila,
veiculando através dela a amorosidade de que é portador. Alcança-se o coração
do outro quando se planta uma semente de esperança no mar de incertezas em que
se vive. Falar ao coração é deixar marcas sutis na alma de quem nos ouve. Tal
fala é flexível e não contém verdades pré-fabricadas ou absolutas nem se revela
exclusiva.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Falar ao coração 1
Geralmente
procuramos falar para sermos compreendidos, tentando alcançar a razão e o
intelecto de quem nos ouve. Nem sempre o conseguimos, por conta das emoções que
circulam durante a comunicação, das quais nem sempre temos o controle ou a
consciência. Quando levamos em consideração as emoções que sentimos e as que
provocamos, poderemos melhor estabelecer uma comunicação e assim alcançar os
objetivos que pretendemos. Colocar emoção na fala, buscando também o tom de voz
adequado, pode ser determinante para a aceitação precisa do que se transmite. Falar
ao coração é favorecer no outro que a razão o leve à compreensão profunda do
que se pretende afirmar. Não se trata de, simplesmente, fazer o outro se
emocionar, pois isto poderá não levá-lo à compreensão, mas tentar unir razão e
emoção no que se diz.
domingo, 18 de junho de 2017
Ser bem lembrado 9
Ser
querido por alguém significa estar disponível para estimular o outro. Saber que
alguém nos tem num lugar especial em seu coração nos estimula a viver. Tal
estímulo se transforma em energia de vida. Quando estimulamos alguém,
contribuímos para seu bem-estar. Isso retorna a nós de forma imperceptível,
favorecendo-nos a vida. O Universo, a Natureza, o Destino, ou qualquer nome que
atribuamos às Forças Superiores da Vida, tudo conspira a favor das pessoas que
estimulam outras e que tornam a vida própria e a dos outros mais simples de ser
vivida. Isso funciona como uma chave que abre as portas e reduz o impacto das
dificuldades naturais da vida. É uma espécie de salvo-conduto dentro do mar de
incertezas da existência humana.Temos grande satisfação íntima quando somos
lembrados por alguém sem que ele o faça com o intuito de que venhamos a saber,
isto é, alguém se lembra de nós em nossa ausência.
sábado, 17 de junho de 2017
Ser bem lembrado 8
É
importante que as pessoas com quem convivemos sejam bem lembradas, não só em
suas presenças como nas ausências. É importante lembrar de suas qualidades e
aptidões a fim de estimulá-las e proporcionar que se sintam motivadas na
conquista de outras. Todos gostam de ser bem lembrados e isso reforça
positivamente suas condutas e reafirma as bases emocionais que as proporcionam.
Isto não implica que devamos esquecer de seus defeitos ou de algo que porventura
tenha nos feito e que não gostamos. É natural que possam permanecer sentimentos
negativos, mas as experiências passadas devem ser compreendidas no momento em
que ocorreram, sem a necessidade de persistirem no tempo. O bom da vida
contempla a compreensão dos equívocos alheios, bem como o entendimento e o
perdão ao que nos fizeram de negativo.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Ser bem lembrado 7
Quando
somos bem lembrados por alguém, recebemos as energias emitidas, como também
captamos a imagem da experiência evocada pela pessoa. Da mesma forma, também
emitimos energias para aquele do qual lembramos algum feito. Tais energias se
materializam em bem-estar e servem de estimulante vital para quem as recebe. A
certeza de sermos queridos pelos outros reconforta a alma e nos faz confiar nas
pessoas com as quais nos relacionamos. Quando isso ocorre, nos sentimos
confiantes nos ambientes em que essas pessoas se encontram. É importante construir
uma rede sólida de amigos e de pessoas queridas. Tal rede é tecida pela forma
como nos mostramos e tratamos os outros. A simplicidade nas relações fortalece
a construção de uma imagem positiva de si mesmo perante os outros, pois não há
demonstrações de superioridade nem exigências de reconhecimento do valor
pessoal.
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Ser bem lembrado 6
Esses
feitos que tocam a alma do outro devem ocorrer ao longo da vida, a começar com
os familiares, com os amigos, com colegas de trabalho, bem como com todos que
cruzem seu caminho. Tudo em nome do prazer de viver, da alegria em proporcionar
o bem e da boa lembrança na mente das pessoas; não apenas para ser bem
lembrado, mas por um exercício natural de fazer o que é bom para si e para os
outros. Tais atitudes vão sedimentar a boa imagem que deixamos na vida. Ela
será justificada pela simples ideia de que fazer o bem faz bem a quem o
proporciona e a quem o recebe. Uma
pessoa tem grande satisfação íntima quando sabe que foi bem lembrada por alguém
sem que tenha havido a intenção de que a citação de seu nome lhe chegasse ao
conhecimento. O bom da vida ocorre quando este evento acontece muitas vezes e
quando é possível proporcionar semelhante sentimento para alguém.
Extraído do livro O bom da vida.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Ser bem lembrado 5
Para se ser
bem lembrado é preciso construir uma história de vida que marque o coração das
pessoas com atitudes afetivas espontâneas. Para isto é preciso aprender a
doar-se de forma natural e sem interesse em retribuição. Saber que alguém nos
tem em alta conta, por méritos reais, enleva-nos o espírito e nos estimula a
semelhantes novos feitos. Conquistar o coração de alguém não é apenas uma
possibilidade de encontro amoroso nem de suprir as próprias carências afetivas,
mas uma forma de retroalimentação pelo retorno da vibração gerada pelo
bem-estar provocado no outro. Ser bem lembrado, no coração e na Consciência das
pessoas, requer que se provoquem na sua alma, sensações de alegria pura,
satisfação de viver, prazer do convívio, sentimento de pertencimento ou de
plenitude de vida. Vive-se o bom da vida quando se atinge, com amor, o coração
do outro para que sinta Deus em si mesmo.
terça-feira, 13 de junho de 2017
Ser bem lembrado 4
Buscar estabelecer conexões
afetivas e fortalecer laços de amizade que permitam vínculos emocionais que
permaneçam ecoando na memória das pessoas contribui para o desenvolvimento
espiritual. Tais lembranças na mente e no coração das pessoas se assemelham a
fontes que emitem constantes vibrações positivas àqueles que as percebem.
Deixar marcas positivas na mente das pessoas requer mais do que agradá-las,
pois é preciso ser dono de habilidades que incluam a capacidade de ter
alcançado autoestima suficiente para reconhecer o valor e as qualidades do
outro. Só quem se sente seguro de si e de seu valor pessoal pode reconhecer
naturalmente as qualidades do outro sem demonstrar inveja ou desejo de sua
inferiorização. O bom da vida inclui a admiração verdadeira pelo outro, com
valorização e expressão sincera de suas qualidades.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Ser bem lembrado 3
É
natural que se deseje ter as qualidades dos outros, principalmente aquelas que
se tornam excelentes instrumentos para aquisição de bens e de prestígio
pessoal. Mesmo que surja alguma ponta de inveja que dificulte ou impeça realçar
as qualidades de alguém, a melhor solução é exatamente vencer essas barreiras e
expressá-las. É natural a inveja às qualidades de alguém, porém deve ser
seguida da busca por experiências que permitam que o melhor delas seja
integrado à nossa personalidade; ato contínuo, deve-se expressar pública e
sinceramente o valor do outro, para se libertar da própria ignorância e do
complexo de inferioridade. O bom da vida compreende a aceitação da inveja,
transformando-a em energia para realizações superiores e positivas para a
própria personalidade.
Extraído do livro O bom da vida.
domingo, 11 de junho de 2017
Ser bem lembrado 2
Mesmo
considerando que as pessoas possuem um lado negativo que pode ser socialmente
visível, que nem sempre é conscientemente percebido, geralmente há algo de bom
que pode ser dito a respeito delas. Enxergar o melhor do outro, em meio a
possíveis críticas à sua conduta e ao seu caráter, é fator de evolução para o
observador. A percepção e a exposição dos aspectos positivos da personalidade
de alguém revelam um alto grau de respeito ao outro e de reconhecimento de
valores superiores que são admiráveis, mesmo quando ainda não conquistados por
quem os exalta. Vive-se o bom da vida quando se tem a certeza de que não
sonegou a expressão, sempre que necessário, dos bons valores do outro.
sábado, 10 de junho de 2017
Ser bem lembrado 1
Todo
ser humano quer ser bem lembrado, pois a boa imagem pública que tem representa
uma âncora psíquica que produz bem-estar e assegura o equilíbrio da
Consciência. Todo ser humano conta com uma imagem positiva de si mesmo para
obter vantagens em sua vida de relações, garantindo sucesso prévio ao que
deseja alcançar. A formação desta imagem positiva requer uma base sólida na
consolidação da autoestima e da valorização de si mesmo. Quanto mais o ser
humano reconhece seus valores pessoais e os vive nas experiências bem-sucedidas
que estabelece mais amplia e valoriza sua imagem positiva. O bom da vida
implica em obter-se uma positiva imagem de si mesmo que possa garantir uma
grande satisfação pessoal em existir.
Extraído do livro O bom da vida.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Amar alguém 8
Estar
apaixonado por uma pessoa significa colocá-la em foco na consciência,
dirigindo-lhe parte de suas emoções e sentimentos. Nem sempre isso é salutar,
mas significa a presença do desejo de amar e ser amado. É também um dos
exercícios que se pode fazer para um dia chegar-se ao amor pleno. Não se deve desprezar
nenhuma forma de amor quando traga bem-estar a si e ao próximo. O
apaixonamento, mesmo quando se apresenta de forma intensa e, às vezes,
prejudicando o discernimento de quem o sente, deve ser considerado um estado
que identifica alguém capaz de sentir e manifestar o amor. O bom da vida passa
também pelo apaixonamento e pela coragem de se lançar ao amor, buscando
senti-lo intensamente.
Extraído do livro O bom da vida.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Amar alguém 7
Amar
uma pessoa, mesmo que na forma de uma união marital, é um exercício a caminho
do amor pleno. Amar os filhos, os pais, os parentes, os amigos, bem como aqueles
que nos favorecem de alguma forma, não é tão difícil quanto amar alguém que nos
é estranho. O amor ao outro com quem não temos nenhum laço consanguíneo, em
primeiro ou em segundo grau, exige uma maior entrega e superação de diferenças
naturais. Quando há algum grau de parentesco, estabelece-se uma ligação que
favorece a instalação do sentimento de amor. Quando Jesus afirmou “amai os vossos inimigos” quis talvez
salientar o máximo de amor que se pode alcançar, além de salientar a
necessidade da superação das diferenças. O bom da vida deve contemplar o amor a
alguém com quem não se tenha qualquer relação em que a reciprocidade afetiva
esteja implícita.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Amar alguém 6
O grande desafio é amar alguém, pois as exigências
de uma relação amorosa requerem habilidades múltiplas. Amar alguém é
contracenar com o contraditório além de lidar com um espelho de si mesmo. O
outro nunca estará passivo, independentemente de sua possível inércia, pois
sempre provocará, por força da convivência, reações psicológicas em quem lhe
dirige a atenção. Amar alguém opera transformações internas, profundas e
salutares, extraindo de quem sente algo transcendente e renovador. O sentimento
de amor promove a expressão do que o indivíduo tem de melhor em matéria de
afetividade. A busca por amar alguém, quando destituída de ansiedade, quando
não acontece como quem está mendigando, quando não se excede em exigências ao
outro e quando não há humilhação pessoal constitui exercício importante para
uma atualização da personalidade; esta busca deve ocorrer em paralelo ao
exercício da doação de afetividade a pessoas que não a possui. Geralmente
o ser humano quer ser amado e luta para encontrar alguém que o ame, esquecendo-se
de que deve amar, simplesmente amar. O bom da vida deve ser alcançado em
meio ao se experimentar amar alguém, ou ao de ter amado algum dia, cujo estado
permite a compreensão da natureza íntima da alma humana.
terça-feira, 6 de junho de 2017
Amar alguém 5
Amar a si mesmo é redundância, pois não se consegue
viver sem gostar de algo característico da própria pessoa. Na formação do ego, inclui-se o gostar de alguma
particularidade de si mesmo, inerente ao mundo íntimo, portanto, pertencente à
personalidade. A ideia da constituição de uma pessoa, desde a infância, implica
na evolução do sentimento de amor-próprio. O amor a si mesmo é inerente ao
existir como pessoa no mundo, mesmo quando se tem pensamentos de desamor, de
menos valia e de inferioridade consciente. A consciência do eu inclui um
sentimento subliminar à própria pessoa, que a nutre e lhe mantém o gosto pela
sua existência. Amar a si mesmo, em seu mais alto grau é, ao enxergar a sua
própria alma, entendê-la em suas fragilidades, reconhecer-lhes as qualidades e
integrar a imagem gerada como sendo sua identidade pessoal. O bom da vida deve
ser vivido com o melhor sentimento possível a respeito de si mesmo, traduzido
em reconhecimento e aceitação de sua singularidade.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Amar alguém 4
Amar
é unir-se, é conectar-se a alguém, é sentir-se unido sem retenção, é não se
apropriar do outro. Quando amamos alguém, admitimos sua alma em nós, mas não
entregamos a nossa ao outro, pois nem sempre ele saberá como nos conduzir à
felicidade. Quem ama libera o outro para que alcance sua própria felicidade,
sem exigências ou possessividade. Esse amor não exige, não mendiga, não pede,
não se submete. É espontâneo e suave. Não se apequena com as adversidades nem
se deixa enganar por frivolidades. Não é um sentimento piegas nem se confunde
com demonstrações pueris e materiais de afetividade.
domingo, 4 de junho de 2017
Amar alguém 3
Não
se pode amar a Deus sem se experimentar o amor a outra pessoa. Podemos até
aceitar que sejam formas diferentes de amar, porém ambas devem mobilizar o
coração humano. O amor ao Criador passa pelo amor à criatura. Amar a Deus, ao
Criador é, ao mesmo tempo, uma pretensão e uma abstração. Uma pretensão paradoxal
por conta da definição e conceitos a respeito de Deus, os quais O colocam numa
condição inacessível ao humano, portanto, levando o amor à abstração.Amar uma
pessoa exercita a alma, vibra o coração, exala criatividade e energia de viver.
Como ainda não encontramos a melhor forma de amar, adotamos inconscientemente e
de uma maneira imatura, a paixão possessiva. Não sabemos amar como uma forma de
união ao outro, mas nos apaixonamos como apropriação dele.
sábado, 3 de junho de 2017
Amar alguém 2
A
tradição cristã afirma que o maior mandamento é “Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo”. Amar a Deus não é difícil, pois a relação
que estabelecemos com a Divindade não gera tensões nem conflitos, muito menos é
estabelecida pela Consciência. Ama-se o Divino pelo que se presume ser,
projetando-se superlativamente todas as boas qualidades que gostaria de ter. O Deus
concebido com aquelas qualidades não faria qualquer exigência nem tampouco criaria
expectativas a respeito de Sua criatura. Mesmo que não se acredite em Sua
existência, Ele, pelas qualidades atribuídas, ama indistintamente e, Seus
crentes, inconscientemente, O amam também. O amor a Deus se manifesta,
principalmente, no investimento de energia em favor da construção de um mundo
melhor, promovendo o bem-estar pessoal e coletivo.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Amar alguém 1
O
bom da vida perpassa pelo alcance da capacidade de sentir o amor por alguém.
Amar alguém é experiência transcendente que diferencia o ser humano dos animais
e que promove a possibilidade de seu acesso a outras dimensões existenciais. Sem
o amor, a vida entraria em estagnação, tornando-se o ser humano apenas um
animal racional. A aquisição da capacidade de amar torna-o apto a ultrapassar a
crença em Deus para alcançar o sentimento de amor por Ele. O bom da vida só
pode ser alcançado completamente quando a pessoa sente o amor em seu coração. O
amor é a forma mais pura de se comunicar com Deus. Sentindo as emoções na alma,
vibra-se em consonância com o Criador da Vida. A relação do ser humano com o
que concebe como sendo Deus passou pela adoração, pelo temor, pela fé, pela
racionalidade para desembocar no sentimento de amor. Deus deve ser sentido a
partir da conquista da capacidade de amar.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Estar em boa companhia - Uma pessoa representa Deus 4
Todo
ser humano é divino, pois se constitui a partir do que lhe foi possível,
utilizando-se do que Deus lhe ofereceu. Suas deficiências e falhas decorrem de
sua ignorância, razão pela qual se equivoca, cabendo-lhe modificar-se a partir
da consciência de sua condição primitiva. Enxergar a face divina no humano, por
mais que ele apresente o contrário, revela a grandeza de quem o consegue. Todo
ser humano é dotado de compaixão, na medida em que lhe tocamos as profundas
“feridas” que o levam ao sofrimento com o intuito de curá-las. Quando acolhemos
alguém, despertamos-lhe os sentimentos de compaixão, favorecendo que sua alma
se revele com um traço de Deus.
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