domingo, 25 de setembro de 2016

Perdoar

Perdoar é aprender. Perdoar não é um ato instantâneo nem uma decisão a ser tomada para ação obrigatória sem que se viabilize algumas etapas. O perdão é um processo que exige atenção, planejamento e consecução consciente. Sem a vivência de fases que produzem o significado profundo da palavra, não se consegue atingir o aprendizado necessário que o perdão traz. Em primeiro lugar é importante, por parte de quem se sentiu agredido, compreender os motivos do agressor. Esta compreensão deve ocorrer sem julgamento sobre quem tem ou não razão. Portanto, é preciso identificar as motivações do ato e qual o ângulo de visão do outro a respeito do agredido. Em segundo lugar, quem se sentiu agredido deve legitimar a emoção sentida. É natural que se tenha raiva, pois se trata de ocorrência instintiva, humana e improvável que possa ser evitada. Não há inferioridade em se ter raiva. A questão é o que fazer com a raiva. Sua direção deve ter algum propósito que tenha como base o desejo de resolutividade para o problema gerado. Em terceiro lugar, é de suma importância o agredido se perguntar “Para quê?” A pergunta se refere ao questionamento da razão por estar passando pelo problema e sobre o que necessita aprender com a experiência que está vivendo. Este é o ponto em que o agredido não dirige seu pensamento ao agressor, mas a Deus, ao Universo, à Vida ou a qualquer outra instância que acredite dirigir seus destinos. A resposta a ser encontrada proporcionará a pacificação interior. Em quarto lugar, deve-se tentar educar o agressor. Não se trata de vingança, ao contrário, mas de legítimo interesse em levar o agressor a aprender a não fazer mais o que fez, pois lhe traz desvantagem, o inferioriza e indica seu estágio primário de evolução. Para educar o agressor, deve haver diálogo maduro, sem acusações e sem interesse em humilhar a pessoa. Por último, escolher o caminho a seguir na relação com aquela pessoa. Esta escolha também indicará se de fato houve o perdão. Melhor escolher não desprezar nem evitá-la, mas manter no mínimo uma relação fraternal. Portanto, são cinco etapas, sem mágica nem exigência imediata de esquecimento. Perdoar é crescer e agir no tempo.

sábado, 3 de setembro de 2016

Construção da imagem de si mesmo

Adjetivação positiva de si mesmo sem julgamento maniqueísta;
Enumeração de habilidades permanentes, úteis, sem ressalvas e funcionais no mundo;
Consciência plena, real, profunda e sem restrições da imortalidade pessoal;
Afirmação para si mesmo das qualidades superiores ainda não expostas ao mundo;
Integração à personalidade das atitudes vividas com leveza e simplicidade;
Valorização interior de tudo quanto significou sentir amar alguém;
Imaginação voltada para o presente, o real e o factível para o bem-estar pessoal e coletivo;
Perfeita consciência da parceria com o Divino, sentindo-se construindo uma de Suas imagens.