Quando uma pessoa se entrega a outra, na vivência de um sentimento a que chama de amor, assume sua verdade, tornando-se coerente com o que acredita. Corajosamente confia, aceita e dá vazão ao que sente seu coração. A reciprocidade dessa entrega é a felicidade plena. Muitas pessoas só sentem que amam se de fato se entregam ao outro. Aquele que recebe essa entrega, assume a condição de domínio, despertando-lhe a posse. Quando, por algum motivo, ocorre o rompimento da relação, antes prazeirosa e feliz, aquele que se colocou como dominador, sentirá a perda reagindo na mesma intensidade da entrega havida. Toda entrega implica em perda antecipada da autonomia, salvo quando se preserva o respeito a si mesmo e a garantia da tutela da própria individualidade.
sábado, 31 de agosto de 2013
Entrega
Quando uma pessoa se entrega a outra, na vivência de um sentimento a que chama de amor, assume sua verdade, tornando-se coerente com o que acredita. Corajosamente confia, aceita e dá vazão ao que sente seu coração. A reciprocidade dessa entrega é a felicidade plena. Muitas pessoas só sentem que amam se de fato se entregam ao outro. Aquele que recebe essa entrega, assume a condição de domínio, despertando-lhe a posse. Quando, por algum motivo, ocorre o rompimento da relação, antes prazeirosa e feliz, aquele que se colocou como dominador, sentirá a perda reagindo na mesma intensidade da entrega havida. Toda entrega implica em perda antecipada da autonomia, salvo quando se preserva o respeito a si mesmo e a garantia da tutela da própria individualidade.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Tenho sede
Tenho sede de solidariedade. Não apenas
aquela que oferece abrigo ao necessitado, nas principalmente aquela que se
apresenta anonimamente;
Tenho sede de quietude. Não apenas aquela
dos momentos de meditação, mas a que se faz quando e onde todos gritam;
Tenho sede de criatividade. Não apenas a
que produz obras de arte, mas a que se utiliza para erradicar a miséria humana;
Tenho sede de educação. Não apenas aquela
que se produz nas escolas, mas a que se aprende com o coração materno;
Tenho sede de carinho. Não aquele que
requeiro quando dou, mas também aquele que oportunizo ao desconhecido;
Tenho sede de beber a água da vida. Não
apenas a que atende aos apelos do corpo, mas também a que alimenta, cuida e
fomenta o viver.
Tenho sede de amar. Não apenas a quem me dirige
atenção e cuidados, mas também a tudo que e todos com quem contracene.
domingo, 25 de agosto de 2013
Tenho fome
Tenho fome de amor. Não apenas do que
alegra, mas principalmente do que fomenta a vida;
Tenho fome de justiça. Não apenas da que
restabelece o direito, mas da que irmana todos os seres humanos;
Tenho fome de liberdade. Não apenas
daquela que permite a livre expressão, mas da que faz transcender as
consciências;
Tenho fome de afeto. Não apenas daquele
que aproxima a família, mas do que conecta corações;
Tenho fome de espiritualidade. Não apenas
daquela que é oferecida pelas religiões, mas da que eleva o ser humano à
condição de Espírito, individualidade imortal;
Tenho fome de Deus. Não do que foi
tornado consciente pela História, mas do que oferece a vida, o destino e tudo
que há para que eu transforme.
sábado, 24 de agosto de 2013
Pontes
Quero construir pontes que aproximem
corações, que irmanem pessoas e as façam felizes.
Minhas pontes serão verdes, com tons
azulados. Nas laterais, haverá árvores frondosas para que, na primavera, fiquem
mais belas. Serão pequenas e longas, grandes e estreitas para que unam o que
está próximo e o que está distante. Por baixo delas, águas límpidas correrão
para que nunca nos esqueçamos que toda travessia é generosa.
Todas elas serão abertas no verão para que os caminhantes vejam o sol
e sorriam pela presença de Deus.
Haverá uma ponte especial que ligará meu
coração ao seu para que nunca nos distanciemos. Na suas cabeceiras, haverá
outras entradas e saídas para que todos possam, entre nós, transitarem.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Outra dimensão
Numa região distante, no Mundo Espiritual
não vinculado à Terra, em que em nada se parecia com as construções terrestres,
vi-me junto a um pequeno grupo de habitantes daquele lugar. Sabia que estava
fora de meu corpo físico, muito embora a ele ligado por laços invisíveis. Um
deles, que mais me parecia uma divindade grega, saudou-me com ar amistoso,
demonstrando respeito e consideração. Percebi que se tratava de alguém dotado
de grande sabedoria e simplicidade. Mostrou-me um pequeno objeto, à semelhança
de um bracelete que deveria utilizar para facilitar minha identificação. Sua
fisionomia não diferia de um ser humano, pois escolhia para si alguma imagem que
eu mesmo projetava em minha mente, para que se tornasse visível. Mostrou-me,
após algumas breves palavras, um caminho que deveria seguir. Ao chegar ao
local, apresentou ao grupo, uma imagem onde poderia se ver a Terra em 3D num
ano que parecia ser um milênio adiante. Gostei de ver a estrutura que protegia
todo o planeta. Parecia uma grande redoma acrílica. Após algum tempo, dia
claro, acordei com a sensação de leveza e responsabilidade.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Mistérios necessários
A vida é o grande e maravilhoso mistério
que se apresenta ao ser humano. Ele vive sem ser seu autor e sem, ao certo,
saber para quê. Não consegue, mesmo desenvolvendo complexas teorias e vultosos experimentos,
alcançar a intimidade do que acredita ser seu pilar básico: a matéria. Por mais
que aprenda, descubra e construa, nada sabe diretamente sobre seu aparelho
psíquico, sobre seu eu e acerca de sua própria identidade. Sua mente lhe é tão
desconhecida quanto a mais simples forma de vida. De nada tem certeza nem se
sente seguro a respeito do que a tudo gerou. Por muito tempo ainda
experimentará o mistério, pois, talvez, esta seja a razão mantenedora de seu crescente
e incessante interesse pelo desconhecido.
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