Vale a pena?

Continuar ajudando as pessoas e vê-las permanecer cometendo os mesmos equívocos, mantendo-se na ignorância?

Ter paciência com as pessoas a custo de conter as próprias emoções e vê-las continuar abusando da boa vontade alheia?

Demonstrar humildade para com aqueles que continuam arrogantes e prepotentes, tripudiando sobre as pessoas?

Pregar o bem, a paz, o amor e a imortalidade para pessoas que continuam materialistas e agindo de forma egoísta?

Fazer caridade para pessoas que teimam na preguiça e na inércia sem o esforço necessário para mudar?

Falar dos espíritos e suas manifestações para pessoas que não gostam de estudar nem se interessam pelas questões que envolvem a alma e sua evolução?

Consolar pessoas que teimam em se colocar como vítimas da vida, sempre requerendo benefícios divinos com lamurias permanentes?

Sim, adianta. Por mim. Pelo desejo de me transformar numa pessoa melhor. Pela consciência de que assim fazendo me aproximo do conhecimento dos segredos da vida. Pela consciência de que atuando dessa forma resolvo o que se assemelha em meu mundo interior. Agindo assim, contribuo para minorar o sofrimento humano e para fazer progredir a sociedade em que vivo. Vale a pena por entender que colaboro com os desígnios divinos.

Eu sinto paz

Sinto pulsar na alma o ritmo de Deus, que me chama às claridades e luzes da vida;

Sinto a alma inundada de luz, que suaviza a escuridão em volta, trazendo-me leveza e amorosidade;

Sinto o movimento da vida, impulsionando-me a crescer, realizar e amar o destino;

Sinto correr em minhas veias e entranhas a energia de vivificar tudo que me rodeia;

Sinto no ar que respiro a fragrância do hálito de Deus, que aquece meus dias;

Sinto no coração o amor permanente me convidando à doação  e ao encontro comigo mesmo e com o meu próximo;

Sinto paz no coração e na consciência que me torna útil, disponível e preenchido de harmonia interior;

Sinto a força divina em todos que comigo comungam a vida e nela realizam o Plano de Deus.

Minha alma vibra ...

... com a vida que floresce a minha volta e se materializa no novo que sempre surge;

... a cada momento em que realizo o que é necessário ao meu viver;

... sempre que vejo a alegria no outro por suas conquistas e realizações;

... quando o amor vence a aridez das almas e inunda o coração das pessoas;

... ante a manifestação de Deus no surgimento de uma criança e em sua simplicidade e transparência;

... em consonância com os desígnios de Deus e na consciência plena de Sua manifestação em mim mesmo.

Desabafo

Chega de hipocrisia. Que tal concordar com a dificuldade em ser verdadeiro para com os outros?

Chega de egoísmo. Que tal admitir que em primeiro lugar você pensa em suas necessidades?

Chega de orgulho. Que tal assumir seu enorme esforço em ser uma pessoa humilde?

Chega de violência. Que tal perceber que sua agressividade contribui para o recrudescimento da desordem social.

Chega de sofrimento. Que tal considerar o gosto inconsciente pelo lugar de vítima?

Chega de falsidade. Que tal observar o uso constante de máscaras sociais para mostrar o que não é?

Chega de religiosidade barata. Que tal notar que a religião tem sido praticada por você como alívio da consciência culposa?

Chega de sofrimento. Que tal avaliar que sua concepção a respeito de Deus pode ser a causa?

Chega de temer a vida. Que tal entender que não é possível não viver?

Chega de temer a morte. Que tal integrar definitivamente a consciência de sua imortalidade?

Chega de mendigar afeto. Que tal aceitar a ideia de que o amor deve ser uma atitude de doação unilateral?

Fico triste...

... todas as vezes que vejo alguém em equívoco, sem noção de sua inferioridade;

... quando assisto alguém agredindo outra pessoa;

... ao perceber a ignorância do fraco de espírito, que humilha o outro;

... cada vez que o orgulhoso se coloca acima de seu semelhante;

... sempre que vejo triunfar o egoísmo ante a possibilidade de compartilhamento;

... ante a ausência de compaixão quando o sofrimento assola a vida humana;

... com a falta de consciência de alguns quanto à sua imortalidade;

... quando, em nome de Deus, as pessoas discriminam, rejeitam ou são preconceituosas;

... ao ver a falta de amor em tudo que se faz.