terça-feira, 6 de junho de 2017

Amar alguém 5

Amar a si mesmo é redundância, pois não se consegue viver sem gostar de algo característico da própria pessoa. Na formação do ego, inclui-se o gostar de alguma particularidade de si mesmo, inerente ao mundo íntimo, portanto, pertencente à personalidade. A ideia da constituição de uma pessoa, desde a infância, implica na evolução do sentimento de amor-próprio. O amor a si mesmo é inerente ao existir como pessoa no mundo, mesmo quando se tem pensamentos de desamor, de menos valia e de inferioridade consciente. A consciência do eu inclui um sentimento subliminar à própria pessoa, que a nutre e lhe mantém o gosto pela sua existência. Amar a si mesmo, em seu mais alto grau é, ao enxergar a sua própria alma, entendê-la em suas fragilidades, reconhecer-lhes as qualidades e integrar a imagem gerada como sendo sua identidade pessoal. O bom da vida deve ser vivido com o melhor sentimento possível a respeito de si mesmo, traduzido em reconhecimento e aceitação de sua singularidade.


Extraído do livro O bom da vida.

Um comentário:

  1. Ana Paula Matos Fonseca6 de junho de 2017 às 22:02

    Muito bom! O auto amor é o primeiro amor,sem dúvida!

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