sábado, 24 de maio de 2014

Não quero

Não quero afagos que me entorpeçam os sentidos, sem nada acrescentar a alma;
Tampouco me contentarei com os que me elogiam o ego, sem me oferecerem o alimento do Espírito;
Qual a vantagem de se ter muito, quando só se sabe viver coisificando pessoas?
Quero mais, tanto receber quanto dar, desde que haja qualidade, emoção e sentido;
Jamais vou aceitar viver uma vida inautêntica, sem realização interior, apenas para justificar minha existência num mundo de aparências;
Não quero louros nem vantagens adicionais gratuitas para agradar a qualquer deus de plantão, muito menos para engrandecê-lo;
Por que admitir um amor quando ele se dirige ao espelho de mim mesmo, retornando ao seu pretenso doador?
Sou mais do que um depósito de doações fugazes. Quero o amor, sobretudo o que posso construir e que atinge o mais profundo da alma humana.


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