Quando se é fiel a um princípio, deve-se cuidar
para que não fique anacrônico, atendo-se a sua essência, pois o rótulo, a aparência
ou o formato externo sempre mudam. Princípios não devem ser seguidos à risca. Tudo
merece contextualização;
Quando se fideliza alguém, sem se libertar das projeções,
corre-se o risco de cristalizar a alma, pois o coração não obedece à razão. Eliminar
projeções, implica em descobrir a quem de fato se fideliza;
Quando se é fiel a um contrato em que se
observem suas cláusulas quanto ao direito do outro, pode-se unilateralizar
condutas. A validação de cláusulas serve para ambos e a fidelidade deve ocorrer,
antes, para consigo mesmo;
Quando se fideliza os sentimentos, naturalmente
sentidos por alguém, sempre que a razão e o pragmatismo não sejam lembrados,
pode-se viver na ilusão. O amor a alguém exige retirada das máscaras e da exigência
de reciprocidade;
Ser fiel a alguém é, em primeiro lugar, ser
fiel a si mesmo. Toda infidelidade é traição à ética pessoal. Não se pode ser
coerente consigo mesmo quando não se obedece à normas internas que criou para
viver em sociedade;
Em todos os aspectos, nas mais distintas ocasiões,
sem que se tenha receio de equivocar-se, o amor ao destino que se constrói deve
sempre atingir a máxima fidelidade da alma.
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