quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Julgamento ou execução sumária?


Todas as vezes que analisamos nossos atos, principalmente aqueles relacionados à moral, julgando-os com bons ou maus, estabeleceremos uma natural condenação. Os que são arrolados como bons, elogiamos nossa conduta e esperamos um beneplácito ou recompensa divina pelo bem feito; se o prêmio não vem à altura do que esperamos, novamente nos julgaremos como imerecedores, inferiorizando-nos, portanto punindo-nos. Os que arrolamos como maus, fruto da própria ignorância, creditamos à forças malignas com quem sintonizamos, levando-nos a aguardar alguma punição, quando nós próprios não a executamos. Esse sistema de julgar os atos como certos ou errados, bons ou maus, acaba por nos transformar em verdugos implacáveis de nos próprios. Quem vive se culpando pelo passado, constrói uma ideia monstra dentro de si mesmo, virtual e sem qualquer valor prático ou ente de realidade. O Espírito é o seu presente, é aquilo que pensa de si e é o que é capaz de realizar em prol da vida, de si mesmo e da sociedade em que se situa.

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