Dei um basta a minha inocência, que me
fazia acreditar que alguém resolveria minha vida e me tiraria de qualquer
dificuldade;
Dei um basta a minha ingenuidade, que me
levava a aceitar, como verdade, tudo que me ensinaram como vindo de Deus;
Dei um basta a minha insistência em
querer que as pessoas me compreendessem, quando eu mesmo tinha dificuldade em
me entender;
Dei um basta a minha credulidade a tudo
que colocava em zona de conforto mental, quando a vida nos ensina a partir do
confronto de ideias;
Dei um basta a minha infantil vontade de
conservar uma boa imagem de mim, fazendo-me esconder a sombra revelada, quando,
na realidade, não se agrada a todo mundo;
Dei um basta ao desejo de encontrar a
felicidade com alguém, desprezando minha própria companhia, rejeitando minha
natureza essencial;
Dei um basta à tentativa de ser feliz,
quando meus conceitos a esse respeito variavam constantemente, levando-me a
excluir o simples viver;
Dei um basta ao culto excessivo e
obsessivo ao corpo e mente perfeitos, quando a vida nos ensina a aprender com o
presente e com o que nos diferencia do coletivo;
Dei um basta ao egoísmo de querer apenas
para mim, quando tudo nos leva à vida conjunta e ao encontro com o Divino.
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