O amor não se
obriga à reciprocidade. Esta obrigação é a falta dele em si próprio. O amor é o
estado de espírito que transforma a criatura fazendo-a sentir enlevo, paz e
harmonia. Tudo na Natureza expressa o amor. Ele tudo vivifica e de tudo
possibilita a existência. Está na alma da matéria e na intimidade do Espírito. O
amor é o alimento do Espírito, é o sustento do ser, é sua estrutura mais
íntima. É a “matéria” de que se constitui o Espírito. Descobrir-se um ser que é
amor, que respira amor constitui o próprio objetivo de se viver. O amor não é
exclusivo e sempre que dirigido exclusivamente a uma única pessoa anula seu
agente. Quem ama a um só ainda não descobriu o valor do amor como instrumento
de crescimento coletivo. Quem ama apenas uma determinada pessoa, não ama
efetivamente na totalidade; apenas deseja, necessita, depende do outro. O amor se tornará real quando nos dispusermos
a pô-lo em prática na relação em família e na sociedade. É principalmente na
família que nos mostramos por inteiro, que o amor pode se manifestar pleno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário