O
bem emana do sistema de valores adotado pelo ser humano, em consonância com sua
percepção do Divino, cujo entendimento pode gerar culpa e consequente sofrimento
tanto quanto libertação da consciência, resultando na felicidade. Esse sistema,
ao criar o bem, elabora seu contrário por força do automatismo psíquico que
sempre forja toda construção oposta à atitude consciente. Nasce, portanto, o
mal como opção a não ser aceita nas escolhas da vida, permanecendo como
elemento subliminar, inconsciente e disponível ao eu da Consciência. A atitude
contrária ao bem permanece como um fantasma que ronda sussurrando o ego, necessitando ser compreendida como
inerente ao sistema psíquico criado. Perder o medo deste mal contribui para não
o projetar externamente, principalmente não o atribuindo a outra pessoa. O bem
da vida não exclui a existência do mal, não o exprobra sumariamente nem se
angustia com sua permanência na intimidade da alma.
Seria o paraíso ter você
ResponderExcluire relembrar nossos mundos idos,
podendo sentir o frio sem medo de perecer
e sonhar, acordar no paraíso e ver você
como rota sem fuga por onde andar,
caminhando nas mãos que vão conduzir
a passagem de um meio dia e completar
o dia, na noite que vai surgir.
Seria como adiantar o paraíso aqui pela terra
e divisar o bem sem nem conhecer o mal,
aterrizar no perdão, ignorando a guerra
de meu próprio mal,
pra ressurgir altiva em meu funeral.
Seria o paraíso sentir você
nos segundos de cada vida,
como seria o céu nesse paraíso
perceber um Deus
a cada momento que a ti sorrisse.