Devemos aprender a viver sem nada exigir dos outros ou, no
máximo, aceitando delas o que podem e querem dar. Nada devemos querer dos
outros, evitando dessa forma depender diretamente de exigências para com as
pessoas, o que evita se criar expectativas ao comportamento alheio. Nas mínimas
coisas nada devemos exigir das pessoas ou achar que, o que elas têm, é
imprescindível a nós e, por conseguinte, devemos obtê-lo a qualquer custo. Não
devemos querer nada de ninguém que naturalmente não queira nos dar por livre
manifestação de sua vontade. Isso significa que, no simples contato ou nas
relações mais profundas com os outros, devemos doar de forma que lhes seja
imperceptível. Sutilmente o fluxo de energia se movimentará na direção delas,
pois a Vida se encarregará de proporcionar o caminho de volta. Quando agimos de
forma a obter das pessoas alguma vantagem, isto é, que a energia se movimente
inicialmente delas para nós, muitas vezes, provocamos nelas uma reação
contrária, por conta de um mecanismo natural de bloqueio. Nesses casos, as
pessoas sentem-se exploradas ou, por egocentrismo, querem primeiro receber algo
para depois dar. Não confiam ou ainda não sabem que a Vida sempre proporcionará
o retorno.
Extraído do livro O Bom da Vida.
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