terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Amadurecimento

A conferência de Copenhague sobre mudanças climáticas, com sua tentativa de redução da emissão de gases poluentes na Terra, me fez pensar sobre a condição evolutiva da Humanidade. Muitas propostas apresentadas nos fazem perceber que o ser humano já pensa como uma unidade terrestre. Um dia teremos uma central mundial de controle e erradicação de doenças, uma coordenação central com os representantes de todas as religiões, uma assembléia permanente com representantes de todas as culturas do planeta, uma central de erradicação da fome, uma central financeira e patrimonial, uma central de paz etc. Talvez, a partir de agora, o planeta possa merecer ter acesso direto a outras civilizações espalhadas pelo Universo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Visão Quântica

A perspectiva espírita trazida por Allan Kardec e continuada por muitos médiuns e estudiosos do Espiritismo, é uma ideia particular da dimensão espiritual, que, no seu conjunto, produz na alma coletiva uma percepção acanhada, porém, não equivocada da realidade no Universo. Isso quer dizer que, o que de fato existe na dimensão espiritual, é muito maior e mais complexo do que é trazido ou mostrado pela doutrina do Espiritismo. Tudo decorre de limitações lingüísticas e de possibilidades de compreensão pelo espírito, em face de seu nível de evolução. É de fato necessário desconstruir ideias para se alcançar um novo saber, sem o que, não há progresso. A visão da vida espiritual muito próxima ou semelhante à da vida material representa uma limitação a ser ultrapassada para que o próprio espírito se perceba muito além dos limites estabelecidas por sua própria crença. Tal crença o aprisiona, mesmo que o leve a ver mais além do que o senso comum. O Espiritismo pode ir mais além, desde que seus estudiosos avancem sem medo de críticas ou anatematizações pelos seus pares.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Críticas

A crítica pública, no Movimento Espírita, que se faz aos médiuns é, muitas vezes, “um tiro no pé”. Parte-se do princípio que eles estão cometendo “erros doutrinários”. Não que se deva pactuar com inverdades que, de forma sutil, podem trazer prejuízos à compreensão do Espiritismo, não só contribuindo para manter as pessoas na ignorância, como também levá-lo ao descrédito. Deve-se questionar: quem detém a verdade ou o absoluto conhecimento das coisas e do funcionamento do Universo? Ninguém, exclusivamente, pode falar em nome do Espiritismo, cuja evolução decorre pela força das coisas e pelo natural desenvolvimento do saber humano, portanto não é um conhecimento acabado. Mesmo que se afirmem barbaridades ou se exercite práticas condenáveis, nada pode obstaculizar o progresso; sendo assim, o Espiritismo seguirá firme e cada vez mais robusto. É preciso analisarmos o açodamento em denegrir pessoas, sem que se apresentem argumentos consistentes e estudos aprofundados a respeito deste ou daquele tema, considerado “antidoutrinário”. O perigo de tudo isso é a cristalização de ideias, que significaria a criação de dogmas. Muitas vezes, quem se opõe às idéias dos outros não tem consistência nas suas. O debate deve ser amplo, mas sem condenação prévia. As ideias e princípios espíritas devem ser conhecidos e absorvidos, porém, sempre interpretados de forma contextualizada.