domingo, 6 de dezembro de 2009

Críticas

A crítica pública, no Movimento Espírita, que se faz aos médiuns é, muitas vezes, “um tiro no pé”. Parte-se do princípio que eles estão cometendo “erros doutrinários”. Não que se deva pactuar com inverdades que, de forma sutil, podem trazer prejuízos à compreensão do Espiritismo, não só contribuindo para manter as pessoas na ignorância, como também levá-lo ao descrédito. Deve-se questionar: quem detém a verdade ou o absoluto conhecimento das coisas e do funcionamento do Universo? Ninguém, exclusivamente, pode falar em nome do Espiritismo, cuja evolução decorre pela força das coisas e pelo natural desenvolvimento do saber humano, portanto não é um conhecimento acabado. Mesmo que se afirmem barbaridades ou se exercite práticas condenáveis, nada pode obstaculizar o progresso; sendo assim, o Espiritismo seguirá firme e cada vez mais robusto. É preciso analisarmos o açodamento em denegrir pessoas, sem que se apresentem argumentos consistentes e estudos aprofundados a respeito deste ou daquele tema, considerado “antidoutrinário”. O perigo de tudo isso é a cristalização de ideias, que significaria a criação de dogmas. Muitas vezes, quem se opõe às idéias dos outros não tem consistência nas suas. O debate deve ser amplo, mas sem condenação prévia. As ideias e princípios espíritas devem ser conhecidos e absorvidos, porém, sempre interpretados de forma contextualizada.

2 comentários:

  1. Seus textos são sempre muito lúcidos!
    Parabéns, mais uma vez! :-)

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  2. Muito boa a sua explanação... Vou reletir mais sobre esses aspectos!

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