Quando o
amor é sentido, não há possibilidade de domínio, pois o direito à liberdade do
outro é característica fundamental de quem ama. O perdão real é incondicional,
sem exigências de reciprocidade, pois não submete nem impõe ao outro qualquer
comportamento forçado. Amor e perdão pressupõem espontaneidade e liberdade para
que o sentimento seja soberano no desejo da felicidade do outro. Quando o
perdão se alia ao amor, o outro sente a sinceridade e o desejo profundo de que
haja paz e harmonia na relação.
Texto extraído do livro Perdão no dia a dia.
Árvores vão onde querem e o chão
ResponderExcluirnão é o limite,
sobrevoam ao espaço e se curvam
ao som do Orfeu.
São como máscaras revestidas de folhas
em que nos escondemos das emoções das sombras,
refletem no solo o entardecer
na imobilidade dos troncos que se erguem
abrigando o pensamento
que se veste de brilho,
enquanto a noite vem e fica,
espera florescer.
Casam com suas irmãs nos diálogos mais precisos,
deixam sons que se aproximam à melodias
que ainda não ouvimos
e se ferem com a violência em seu copado corpo.
Abre grande seus galhos acolhendo nossa ira,
para que a paz reverbere sobre a terra
na gratidão de nos dar o fruto dessa frequência deslumbrante,
como uma oração
em que o orvalho recai assombreando
o que de nós ficou na emoção.