sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Na separação


Antes de esquecer quem você amou, entregou sua vida e que resolveu retirar-se dela, conscientize-se de tudo que você fez e não fez, do que ensinou e aprendeu, do bem que você proporcionou e do que recebeu, das fantasias e mitos que foram dissolvidos, do reconhecimento das particularidades de sua personalidade, do amor próprio e da dignidade pessoal, do direito do outro em seguir com sua vida e com seus processos existenciais e, sobretudo, do sentido e significado do momento presente, para que os desígnios divinos se realizem em você. Evite adotar a posição de vítima, não mendigue afeto nem se coloque como quem é credor do outro. Numa separação é fundamental a consciência da dignidade pessoal e do valor de si mesmo. Quando a separação for inevitável, dispense a criação de um inimigo naquele que assim quis ou provocou. Sua paz é seu maior tesouro.

2 comentários:


  1. Que bom, que dor, que separação,
    aquele alívio de assunto resolvido,
    pelo dia confrontado à razão,
    por duas almas sancionadas ao juízo.

    As ninharias questionadas,
    e assuntos dispensando comentários,
    são confrontos humanos superados,
    em síntese de vida em inventário.

    Por que? para que se programar
    por dúvidas? depois das certezas
    que os dias já passaram devagar,
    e o caminhar se estreitou por várias vezes...

    E nossos olhos desviaram de lugar,
    e nossas mãos desviaram ao apertar,
    e corações bateram forte nesse dia

    Morando ainda em duplo corpo,
    nos desviamos e beijamos por um sopro,
    e nem lembramos que já fomos um, um dia.

    Sabendo que amar é só perpetuar
    sorrisos, abrindo brechas a sonhos pactuar,
    a aliança da entrega de um amor por toda vida.

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