Algumas vezes me procuro e não me acho, pois me
vejo sem conseguir resolver pequenos conflitos da vida. Problemas simples, que
outras pessoas facilmente resolveriam, escapam-me do controle, fazendo-me
postergar soluções. Quando a emoção me toma a consciência, vejo-me sem chão,
perdido em labirintos sem saída, dificultando meu discernimento. As vezes,
diante de pessoas que me desconcertam, vejo que me faltam palavras para expressar
o que gostaria de falar, deixando-me calado. Tem dias que o silêncio me convida
como sua companhia e a tristeza persiste em caminhar ao meu lado. De vez em
quando as pessoas me tomam como alguém esquisito e desconectado do mundo, pois não
sabem que me encontro imerso em meus complexos
e dores internas. Nem sempre me percebo com coerência nem capaz de mostrar
minha verdadeira natureza. Parece que, nesses momentos, não estou em mim nem vivendo
meu tempo, sentindo-me estranho a tudo. O que me possibilita um contato comigo
mesmo, apropriando-me de minha essência, encontrando-me a mim mesmo, é a consciência
de que sou um Espírito imortal e de que estou permanentemente conectado ao
Criador. Quando assim ocorre, acho-me.
Obrigada pelas palavras, Adenáuer! Um abraço.
ResponderExcluirParece que nossos poeticos amigos espirituais, que visitam e amam esse blog, cederam, hoje, lugar a um contador de histórias, satírico que só, assim começando:
ResponderExcluirPoços, com Caldas libertadoras de um Brasil sem igual, na platéia da Ansiedade, se postavam espíritos, desejosos de algo melhor no strees da vida terrena, que nosso globo permite.
E logo ficou claro, para os alunos, que se não identificassem seu próprio mal, ele seria criado pelo Mestre, em sua lista criativa e propria, a mostrar que todos de loucos temos um pouco.
Paralelamente, estarrecidos, alguns espíritos viajaram ao passado estelar. Aquela voz era irreconhecivel, entrava em nossa alma, no jeito satírico, franco, brejeiro e doce de virar-nos num avesso que nos renascia.
Alguns não sobreviveram.
Renasceram com ele. Encontraram o idêntico de si mesmos, a espelhar-se no cruel reflexo de um encontro marcado.
Mas como? Eram espíritos fortes, que já se completavam com seu Deus maravilhoso, que falavam linguagens próprias e modos excêntricos, solitários, que os grupos sociais comuns rejeitavam, pois como caber num mundo em que a primordial preocupação era a descoberta de si próprios, onde o olhar para o céu e o firmamento era o encontro de si mesmos e sua morada perdida? Como responder a esses espíritos o por que do relogio girar de um lado só e não ao contrário para dizer as horas? Não havia mãe que aguentasse! Ou ler, no início de uma adolescência, 3 vezes o único livro disponível, que era a bíblia, procurando achar Deus, e sairem vazios, sem nada encontrar? Espíritos singulares esses. E a procura desse Deus continuou, implacável, sem contestação, sem opção, pois essa procura e esse achado, significava o próprio motivo da presença desses grupos aqui... E sempre foram os esquisitos. Foi ficando pior o espaço na integracao com o outro, pois as mudancas do espirito, refletem em mudancas internas seríssimas, que refletem em mudanças automáticas comportamentais, e as conversas nao se encaixavam mais, as fofocas e pensamentos tolos, passaram a ser surreais, inconcebíveis, a vida inteira os livros substituindo as conversas, os cinemas e livros as saídas lúdicas e unicas que preenchiam os sonhos desses espíritos. Por fim, os afastamentos e separações tornaram-se inevitáveis. E a solidão com Deus, nossa alma gêmea, passou a ser o melhor período de uma vida vivida até aqui.
Mas o grupo esqueceu que Deus é programador e caminha do seu jeito, no tempo dele, preparando surpresas maravilhosas para o coração, mostrando que so Ele, acima de nós mesmos, sabe o que queremos e merecemos. Sabe, principalmente, unir as forças que estão aptas a continuar seu processo unico e soberano de evolução, que não cessa nunca, buscando integrar seus filhos no principal requisito que transforma o mundo, na força propulsora do universo, que é o amor.