sábado, 18 de junho de 2011

Sem Fronteiras


Pensar o Espiritismo como uma doutrina sem os limites da cultura brasileira é uma meta ousada. Pensá-lo além dos muros do Cristianismo, ampliando-o ao entendimento de outras religiões, é quase impossível. Não se trata simplesmente de falar fora do Brasil, de traduzir livros ou de utilizar tradutores em palestras, pois permanecerão os traços culturais de alma brasileira. Para ampliar as fronteiras de assimilação dos princípios espíritas será necessário eliminarmos o etnocentrismo, uma característica do ser humano encarnado. É ele o responsável por um modo típico, coletivo e salvacionista de entender e divulgar os conceitos de: Deus, imortalidade do espírito, evolução, mediunidade, reencarnação, etc.. Só uma mente sem fronteiras, livre e flexível pode expor conceitos que atinjam a alma humana em qualquer cultura e dimensão do ser. Tarefa difícil, mas possível na medida em que nos coloquemos como espíritos, acima de espíritas.

Um comentário:

  1. A quem pertence o planeta Terra? o Planeta pertence a mim, a ti, a ele, a todos, sem exceção. Até porque, em teoria, podemos encarnar em qualquer sociedade, qualquer parte do globo.

    E o que fizemos deste planeta? Sentido-nos sós, frágis, inseguros, agrupamo-nos, primeiro em famílias, depois em tribos e por fim demarcamos pedaços de território que pertencem a todos e criamos os países.

    Os países foram criados para o bem estar, paz e tranquilidade das populações, diga-se SEGURANÇA, como temos medo dos outros, vamos criar um país forte de modo que me dê segurança e nos proteja dos outros.

    Mas por ter medo dos outros não criamos só países, criamos também, religiões, partidos, filosofias, criamos milhares de organizações. Tudo na ânsia de nos dar paz, tranquilidade, bem estar, diga-se segurança, proteção dos outros.

    Como temos medo, tornamo-nos agressivos, quanto mais medo mais agressividade, violência, ódio, conflito, guerra. Nunca desenvolvemos o amor ao próximo, porque o próximo está no outro país, na outra religião, na outra filosofia.

    Pensar assim e ir ao Centro espirita, não passa de mais uma busca de segurança e então dar passe e orar pelos outros não passa de pura autocompaixão.

    Ter orgulho num país, numa religião, seja no que for, indicia insegurança, medo, violência, estagnação espiritual.

    É que nós somos os outros, dos outros...

    Abr.

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