quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Atualização

Há um receio natural de que se atualize o Espiritismo. Afinal de contas quem tem autoridade para tal? Talvez deva acontecer naturalmente e de forma coletiva. Sem sucessores, mas continuadores. Mesmo assim, qualquer um que apareça com uma ideia nova, ou diferente do senso comum, recebe anátemas e exclusão pelos mais conservadores. É importante salientar que o dogma atrai como um imã. Trata-se de um poderoso mecanismo de defesa, uma âncora segura, que fixa a mente em certos princípios, receando o colapso. Dogmas não são apenas princípios rígidos, mas também idéias e crenças, mesmo que inicialmente novas e atualizadoras, que, por medo da insegurança, se solidificam na mente, impedindo o avanço de um conhecimento. O Espiritismo tem sido gradativamente atualizado, independentemente dos zeladores de plantão. Um grande exemplo disso foi a obra construída pelo médium Chico Xavier. Sem ter medo de estar atacando o Espiritismo ou de acreditar que o estaria destruindo, todos os espíritas sinceros e dedicados ao seu estudo devem filosofar sobre os escritos clássicos de seus precursores, fundadores e continuadores. Como disse Allan Kardec “O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza”. Nada a temer.

6 comentários:

  1. O Espiritismo, como uns dos mais recentes paradigmas sobre a essência humana, está sujeito a um enivitavel percurso:

    Primariamente será questionado, é posto em causa e ridularizado, seus prosélitos perseguidos e difamados;

    Seguidamente, engrossa a sua prole, começam as divergências, uns são monstranguistas, outros miguelistas, outros extáticos, trata-se da cisão.

    Depois aparecerá um "núcleo duro" que dirá: Assim ninguém se entende, o mellhor será nós impormos as nossas regras, surgem os dogmas.

    A aderência ao nucleo duro aumenta, afinal eles sabem o que querem, o movimento estabiliza, até surgir outro paradigma mais pragmático. E o ciclo continua.

    Concerteza que já todos estivemos em todos estes lados ....da evolução.

    Uma certeza: A religião pessoal fará parte de um futuro próximo...

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  2. “… todos os espíritas sinceros e dedicados ao seu estudo devem filosofar sobre os escritos clássicos …” Concordo plenamente com a sugestão do irmão adenauer e vou exercer esse meu direito à atitude filosófica:

    Um espírita nada teme, porque sabe que tudo o que lhe acontece na vida tem como único propósito a sua felicidade e a sua evolução como ser humano;
    Apenas receia o que pode acontecer ao seu semelhante, por saber que este pode não estar preparado para aproveitar as oportunidades que lhe foram outorgadas por Deus, por isso pratica a caridade: ora por ele e lhe perdoa as ofensas, dá-lhe conselhos e ajuda-o naquilo que puder.

    O espiritismo não é um programa de computador, por isso não precisa de ser actualizado, este evolui em sintonia com um conjunto de seres humanos (movimento espírita) que tomaram a dianteira no caminho e enquanto estes o projectarem, será bem vindo.

    O espiritismo na sua trindade (Doutrina, Filosofia e Religião), quanto a mim tem o seu calcanhar de Aquiles na Religião, porque sendo de cariz cristão (sendo mais uma de muitas derivações cristãs) exclui só por si mais de dois terços do mundo (encarnado e desencarnado), o que por si só constitui um paradoxo porque o espiritismo é UNIVERSAL. Para não falar na natural implantação dos “dogmas”.

    Assim perspectivo a curto prazo uma evolução significativa na componente “religião”, com a adopção de uma religião pessoal, leiam o livro do irmão adenauer.
    Abraços fraternos

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  3. Querido Mestre,

    Frequentar o Centro Espírita Harmonia já é uma atualização. Grande presente nesta reencarnação!

    Um cheiro,

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  4. Ola querido,

    Concordo com a Bete, o Centro Espírita Harmonia promove esta possibilidade de atualização, como também seus livros. Abrindo para revermos velhos dogmas e crenças que tem nos paralisado a muito tempo.

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  5. Achei essa questão interessante. Tem muita gente que acha que Kardec revelou tudo, mas eu acho que não. Ela deixou margem para que outras pessoas dessem continuidade a obra. Depois do codificador do espiritismo tem muita gente seria que pesquisa, estuda e se dedica a doutrina espírita de corpo e alma e esses conhecimentos não podem ser descartados.

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