terça-feira, 8 de setembro de 2009

Psicologia do Estigma

Tenho que concordar com Baudelaire quando diz que “como foi a imaginação que criou o mundo, ela o governa”. Jung afirmara que “(a fantasia) ... é a mãe de todas as possibilidades onde o mundo interior e exterior formam uma unidade viva, como todos os opostos psicológicos.” Bem que ele, Baudelaire, poderia ter dito que “a relativização na vida contribui para a singularidade da pessoa”. Não disse, talvez por que via o mundo como Matrix, filme inspirado em suas idéias. Quanto mais se sonha, se imagina, se coloca o pensamento a viajar pelas estrelas, como se fossem ventos sussurrantes, mais se penetra no mundo real, que governa o mundo dos sentidos. É exatamente pela possibilidade de fantasiar que o ser humano forja o saber. Essa fantástica capacidade de criar, transformando o imaginário em possibilidades de concretização que a vida acontece a cada dia. É essa capacidade que deve ser utilizada para entendimento do estigma. Uma marca, um estigma, pode ter muitos significados, graças a fantasia, que sempre vai procurar na realidade uma forma para se manifestar como um símbolo. Sem entender seu significado real, sua origem e causas, o ser humano dá-lhe um sentido simbólico, direcionando sua vida segundo e de acordo com seu entendimento egóico.

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