terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fundamentalismo Espírita

Não creio que deva me preocupar com este tema, mais do que qualquer outra pessoa. Talvez devesse, pois tenho visto, mesmo que sutilmente, com ares de defesa doutrinária, este tema no Espiritismo. Pessoas investidas de grande fé e entusiasmo, execrar outras por não se apresentarem na forma tradicionalmente exigida na linguagem ortodoxa. O Espiritismo é uma doutrina aberta, que evolui no tempo e nas diversas culturas. Exigir a manutenção da redação de Allan Kardec nos escritos e nas falas de hoje, depõe contra o próprio, que advogava o caráter evolutivo do Espiritismo. Não se trata de alterar livros já escritos, nem deturpar conteúdos, mas de escrever novos livros e trazer novas ideias. Devemos filosofar sobre os princípios básicos do Espiritismo. Devemos pesquisar para melhor explicar os princípios básicos do Espiritismo. Devemos ampliar a religião espírita para que se postule como religiosidade universal. Nada disso acontecerá se mantivermos a mente rígida em ideias cristalizadas, mesmo que coerentes, porém anacrônicas em seu formato final.

Um comentário:

  1. Istefenson.
    É, inclusive a lei de causa e efeito é um axioma que aplicamos as nossas ciências,assim se referiu os espíritos, (livro dos epíritos questão nº 04), mostrando a evidência de que existe uma causa para tudo que podemos conceber, embora possamos ignorar a causa. Este princípio transformou-se em norma, já substitui o deus punitivo e vingativo, promovendo punições e sofrimentos, um dos pontos fundamentais beirando o dogma na concepção da grande maioria dos espíritas. Ora!... Punição, sofrimento, ou não, isto é opção de cada um, não podemos confundir a causa com uma norma inflexível,implacavel; de que serviria o perdão?...
    istefenson

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