Há os vícios do corpo, os da mente e os do
Espírito. Os do corpo são mais fáceis de eliminar, pois basta aumentar a
capacidade de renúncia e negação dos próprios limites; os da mente são mais difíceis,
pois atendem a condicionamentos e hábitos antigos, carecendo de ressignificação
e percepção da sombra; os do Espírito precisam de uma boa dose de amor próprio e
de consciência da imortalidade para serem eliminados.
Talvez o maior dos vícios do Espírito seja
o hábito de pensar egoisticamente. Trata-se de uma percepção de que o principal
e único alvo para o qual tudo deve convergir é o próprio eu. Quando o outro é
merecedor de cuidado e atenção, o egoísta deseja, no fundo, usufruir de sua
própria ação, mesmo quando benéfica e meritória.
Este vício aprisiona a pessoa em seu
personagem pequeno e limitado pela carência de amor. Quando se dispuser a
doar-se, oferecendo o melhor de si para o outro, vai se curar de seu vício. Só
amando é que o ser humano encontra sua divindade interior.
É o vício do amor
ResponderExcluiro que me atrai,
mania de amar a mim
como bem também a ti,
me vendo gêmea alma
de nosso pensar.
Que formosura acordar
aos dias,
sorrir a esmo e sentir
a vida bela em se construir,
os nossos castelos,
de nossas virtudes que
se espalharam,
por todos os ventos que te fazem belo.
E naquele canto,
como por encanto
vejo a tua sombra,
ela evapora ao sabor
do olhar que se enevoa,
na miragem feita
pela minha mente
como um vapor.
Mas fica o amor.
Ele permanece por
nossas cidades e não esmorece.
Deus nos favorece
ao passar dos dias.
Toca nossas mãos
e estende o manto,
marcando nossa vida
sempre em união.