Coleciono várias coisas; algumas de nada
servem, pois são objetos que não mais necessito, esquecidos em algum lugar.
Ocupam espaço psíquico e consomem energia vital. Devo me desfazer delas.
Coleciono alguns papéis com informações
preciosas, que marcaram minha vida; contêm registros dos feitos que
contribuíram para a formação de minha identidade. Devo conservá-los, porém
pretendo desfazer-me ao desencarnar.
Coleciono algumas fotos de instantâneos
dos momentos marcantes que emocionaram
minha alma, guardados no coração. São vivos retratos em que a alma fala ao
coração. Pretendo convertê-los em imagens.
Coleciono algumas amizades. São pessoas
caras, que fortalecem meu ser e me legitimam na vida social. Entraram em minha
vida, com a permissão de gravarem seus nomes como tatuagem permanente. Pretendo
que permaneçam.
Coleciono muitas imagens, não esquecidas,
muito vivas na consciência, impulsionadoras de meu ser, geradoras de vida e
catalizadoras de inesquecíveis, e sempre presentes, experiências gratificantes.
Imagens coloridas pelas emoções vividas, e integradas, que me transformam o
ser, fomentando o desejo de amor. É minha maior coleção; a primeira foi
conseguida quando me dei conta que amava alguém.
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