Compaixão no dia a dia 29

  Quem segue a vida sem compaixão dificilmente experimenta o amor em sua plenitude, pois ele implica o desejo de minorar a dor ou o sofrimento da pessoa amada. O diálogo que busca levar o outro a evitar o sofrimento ante o inevitável e perante as consequências aversivas de suas escolhas é providência típica de quem cuida e ama. O esclarecimento para evitar o sofrimento é a compaixão em movimento, a serviço do amor. Agir com compaixão envolve tudo que fazemos para que o outro compreenda suas experiências, dolorosas ou não, como parte do permanente diálogo da Vida para com o Espírito para atingir sua autodeterminação.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 28

  Amar alguém é conhecer-se o suficiente para evitar a posse, a dependência e a projeção da própria sombra no outro. A compaixão por quem se ama não ocupa o lugar de aprendizado quanto ao processo aversivo pelo qual a pessoa passa. Eliminar o sofrimento do outro requer oferecer-lhe condições de ampliação de sua Consciência, pela compreensão de que o amor a si mesmo implica dissolução de culpas e de redenções pela dor. O amor promove crescimento sem sofrimento, sem imolação ou anulação da dignidade pessoal. Ter compaixão por alguém independe de amar a pessoa. Por outro lado, quem ama deve dimensionar sua compaixão para não anular o outro.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 27

  Amar é a máxima expressão emocional do Espírito, cujo estado eleva a Consciência à plena capacidade de criatividade e de harmonização consigo mesma. O desenvolvimento da compaixão implica o entendimento das razões do sofrimento humano, da compreensão dos processos psicológicos pelos quais as pessoas passam e a distinção entre as carências internas de acolhimento e as do outro. Quando se necessita, a qualquer custo, dar ao outro, penalizado pelo sofrimento, o que se acredita ser o melhor, pode-se estar projetando nele sua própria ferida incurável, carecendo de compaixão e de amor.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 26

  Compaixão é embrião do amor, fruto da vontade íntima de não sofrer nem passar pelo que o outro sofre. Desenvolve-se com a empatia, com a solidariedade e com o despertar da vontade de conduzir o outro a um estado de equilíbrio interior. Quando a compaixão é espontânea e atinge um grau de intensidade que mobiliza imediata ação, ela implica a constelação de um núcleo afetivo relacionado à necessidade de praticar a caridade. Tal estado também pode ocorrer por conta do sentimento de amor que excede a Consciência, transformando-a em manifestação afetiva plena, em consonância com o Divino.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 25

  Emocionar-se é gravar a experiência de forma a não a esquecer, marcando o próprio coração. Atitudes de compaixão também marcam a vida de quem dela é beneficiário. Portanto, considere seu ato uma simples contribuição pelo merecimento do outro, sem vangloriar-se de fazê-lo. Quando você dá algo a alguém, o resultado não lhe pertence, sendo você apenas proprietário da capacidade de fazê-lo. A compaixão lhe pertence, mas o fruto dela é propriedade de quem a recebe. Transforme sua compaixão em ato, tornando-a mais do que um desejo, a fim de que a habilidade da bondade permanente se solidifique em você.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 24

  Guarde a certeza de que sofrer é escolha equivocada, que pode ser modificada quando você entender o que a Vida lhe quer ensinar. O aprendizado ocorrerá na medida em que você perceber que não é vítima, mas sim o autor do próprio destino, dissolvendo predisposições aversivas, equilibrando suas emoções e adquirindo habilidades importantes. Mesmo compreendendo que o outro, quando sofre, inconscientemente escolhe seu destino, tenha compaixão e tente eliminar sua desdita. Podendo minorar o sofrimento de alguém, nunca aceite que ele mereça um destino propiciador de duras penas.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 23

  Sua compaixão pode ser despertada ao assistir o sofrimento de alguém, razão pela qual você deve compreender que, independentemente da ação da caridade que fizer, é importante conservá-la, pois estará vivenciando importante experiência. Compreenda que muitas pessoas sofrem no mundo pela dificuldade de compreender o significado e a razão para viverem assim. Caso o ser humano entendesse que sua vida externa é a representação de seu mundo interno, as emoções despertadas pelo sofrimento poderiam ser amenizadas ou eliminadas ao ressignificar seu mundo interno e harmonizar suas emoções, vivendo melhor e feliz.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 22

  Emoções são manifestações instintivas que demonstram o quanto algo afeta o fluxo da energia de viver no interior da mente humana. São reações que procedem do mundo íntimo, a serviço da realização do viver, exigindo direcionamento e uso com moderação. Diferentemente da compaixão, que é o desejo de minorar o sofrimento de alguém, a emoção revela o quanto o Espírito foi tocado para expressar seu anseio por viver. Quando sua compaixão exigir ação imediata, significa que ela se associou a alguma emoção, o que exige a materialização da caridade. Sempre que você sentir vontade de ajudar alguém, busque um meio de executar seu desejo, pois, assim, irá contribuir para a construção da habilidade da bondade em seu coração.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 21

  Em suas escolhas profissionais, lembre-se de atividades que valorizem a vida humana, que respeitem o direito da pessoa humana e que lhe proporcionem realização pessoal. O exercício de uma profissão é meio de participação no desenvolvimento da sociedade e de manifestação da própria dignidade e da cidadania. Portanto, é oportunidade de aquisição de úteis habilidades. Lembre-se sempre de que seu trabalho contribui para o progresso social, ao tempo em que proporciona a experiência da sociabilidade e de aprender a compartilhar a vida laboral. Sua profissão é sua oportunidade de demonstrar competências e habilidades.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 20

  Independentemente de você ganhar dinheiro com seu trabalho, procure realizá-lo com ética, com disposição e com o objetivo de aprender com as atividades que executa. Trabalho é exercício para o desenvolvimento de habilidades úteis ao Espírito. Portanto, planeje sua execução, utilizando sua criatividade, a fim de minimizar os efeitos da rotina. Quando seu trabalho implicar relacionamento com pessoas, observe cada uma delas, tentando compreender suas motivações, seus interesses e suas inquietações, oferecendo-lhes o acolhimento da compaixão e buscando não ultrapassar os limites estabelecidos pelo ambiente.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 19

  Busque uma profissão em que sua ética possa ser cumprida, sua competência possa ser estimulada e sua espiritualidade seja respeitada. Profissionalizar-se significa poder atuar de acordo com boas práticas laborais, saber agir dentro de técnicas usualmente consagradas e sempre considerar que o fruto do trabalho deve atender ao ser humano em sua dignidade. Mesmo que seu trabalho seja executado diretamente com máquinas, não deixe de se relacionar com pessoas, ampliando suas interações relacionais para, assim, ter campo propício para o exercício da compaixão, da solidariedade e do amor.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 18

  Em seu ambiente de trabalho, nunca se esqueça da solidariedade, da empatia, e da compaixão pelos seus colegas que porventura não tenham alcançado a serenidade já conquistada por você. Torne-se um bom empregado ou um bom patrão, exigindo de si mesmo o melhor que pode oferecer profissionalmente, pois, assim, todos ganham. Independentemente de estar fazendo ou não o que gosta em seu trabalho, busque desempenhá-lo bem, cumprindo suas obrigações, com a consciência do dever cumprido. Sua Consciência deve ser o lugar mais harmonioso e mais sereno possível, onde você sempre estará morando.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 17

  A vida em família pressupõe afetividade, solidariedade e amorosidade, para que todos se alimentem mutuamente do amor. Trata-se de uma célula viva para que a sociedade progrida influenciada pela força do amor e cada Espírito sinta sua força propulsora na própria vida. A compaixão é gérmen do amor ao próximo, embrião que permite a empatia, a solidariedade e a caridade. Impulsionado pela compaixão, o Espírito vive significativas experiências que o capacitam a manter a harmonia em família e a criar uma positiva imagem de si mesmo, correspondente à sua íntima natureza.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 16

  A compaixão espontaneamente aplicada favorece seu equilíbrio emocional, proporcionando sua sintonia com pessoas harmonizadas, além de favorecer que os outros permaneçam em paz. O estado íntimo de compaixão pelas pessoas torna você uma espécie de farol que ilumina à sua volta, irradiando solidariedade e influenciando, inclusive, aqueles que porventura se encontrem emocionalmente instáveis. O permanente estado de compaixão, vivenciado no seio familiar, contagia o grupo, criando uma psicosfera saudável, na qual todos se colocam com disposição para a solução de conflitos comuns.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 15

  Sua família é porto seguro e local de refazimento para a conquista de inúmeras habilidades evolutivas, em cujo ambiente você permuta valiosas experiências. É ali, no cultivo da compaixão, do afeto e do amor, que você constrói as bases transcendentes em seu coração, que favorecem o sentimento de íntima conexão com o Divino. Quando você experimenta amar uma pessoa com a qual estabelece relações fraternais, vivenciando emoções que lhe proporcionam felicidade, compreende melhor o sentido e o significado da existência humana. Viver em família implica pertencimento e valorização da condição humana.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.

Compaixão no dia a dia 14

  A família é o ambiente onde a compaixão precisa ser sempre exercida, pois seus membros devem reciprocamente cuidar uns dos outros. Em condições diferentes, quando não haja união familiar, busque harmonizar os diversos interesses, evitando tomar partido ou promover o acirramento das contendas. Nas discussões domésticas, não deixe de ter compaixão, sobretudo por aqueles que ainda não alcançaram o equilíbrio que lhe é natural. Considere que seu posicionamento em delicadas questões domésticas pode ser um fator de pacificação de desavenças que se arrastam por muito tempo, inclusive oriundas de experiências que aconteceram em vidas passadas.

Extraído do livro Compaixão no dia a dia.