terça-feira, 20 de junho de 2017

Falar ao coração 2

Sempre que expressamos alguma ideia a alguém, devemos fazê-lo com o máximo de profundidade possível, para favorecer ao outro estabelecer reflexões na mesma intensidade. Mesmo quando tratarmos de questões menores e de coisas pequenas do dia-a-dia com alguém, façamo-lo com o objetivo de ampliar a percepção de quem conosco dialoga. Fala-se ao coração também com o olhar compreensivo nos olhos do outro, prestando-lhe atentamente a atenção no que diz e aceitando-lhe de forma acolhedora. Quem fala deve fazê-lo com voz pausada e tranquila, veiculando através dela a amorosidade de que é portador. Alcança-se o coração do outro quando se planta uma semente de esperança no mar de incertezas em que se vive. Falar ao coração é deixar marcas sutis na alma de quem nos ouve. Tal fala é flexível e não contém verdades pré-fabricadas ou absolutas nem se revela exclusiva.




Extraído do livro O bom da vida.

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