Tudo que leio, que ouço e que vejo servem-me
de parâmetro para ir mais adiante. Tenho que ir mais adiante. Quedar-me diante
do momento, do visto, do lido, do ouvido e do sentido é negar a intuição que
vem de mim mesmo e do mistério da Vida. Tudo que aprendo das religiões serve-me
de base para ir mais adiante. O que o outro viu e me mostrou, certamente verei
mais além. Nenhum conhecimento é absoluto, venha de onde vier. Tudo que está escrito
vem do humano, portanto deve-se ir mais além. Todo saber, inclusive o que aqui
é exposto, é provisório. Tudo que afirmo a respeito do que o outro diz é também
enviesado. A impermanência é a lei; a incompletude é o estado absoluto do
humano; a imponderabilidade é a regra; a intocabilidade é perene; sou o que
idealizo. Calar-se é oprimir-se. Ter voz é ir em busca de si mesmo. Nada deve
obstaculizar o caminhar nem deter o ego
em sua saga de encontrar a autodeterminação. Cada saber é um degrau para o
encontro consigo mesmo. Adiante de você existe um eu a ser vivido. Viva apaixonadamente.
Adenauer, permita-me que transcreva o seguinte trecho, porque o considero de uma enorme profundidade:
ResponderExcluir"A impermanência é a lei; a incompletude é o estado absoluto do humano; a imponderabilidade é a regra; a intocabilidade é perene;"
Todo o conhecimento é acumulo do passado, de ontem, do século ou milénio passado.
Como sair deste ciclo e perceber o novo, o nunca visto, sem nome e portanto irreconhecível?
Se a incompletude é o estado absoluto do humano,o ego que é estruturado com o conhecimento, para além de ser passado é também muito incompleto.
ResponderExcluirSe a impermanência é a lei da vida, logo renova-se a todo o instante, com "algo" completamente novo. É o eterno presente.
Como é que analisamos e percecionamos o eterno presente com um ego incompleto que é eternamente o passado?