Quero uma religião que não me proíba, mas que me eduque; que não me incrimine, mas que me ofereça soluções; que não me reprima, mas que me ensine a encontrar melhores formas de expressão; que não me condene, mas que ofereça um adequado senso de justiça; que não me inferiorize, mas que me aproxime do Criador da Vida. Quero uma religião que me deixe sorrir nas manhãs de domingo, permitindo que minha prece seja o olhar para a natureza. Quero uma religião que, nos dias mais escuros do meu viver, dela não me lembre quando sentir medo e nela não me abrigue feito criança em consolações pueris. Quero uma religião que me incentive a oferecer rosas aos doentes e a levar alegria aos enterros, e a só chorar quando souber que a dor foi compreendida e que o morto vive e está bem. Quero uma religião que me oriente a reverenciar a inocência e a aplaudir de pé os que respeitam a sabedoria dos mais velhos. Quero uma religião que possa encontrá-la com quem estiver, por onde for, também no coração dos que ferem e gritam achando ter razão. Quero uma religião que abrigue aqueles que se arriscam em viver e abençoe os que se perdem nos labirintos escuros da própria ignorância. Quero uma religião que possa senti-la na compaixão, seja com a abundância dos perdulários ou com a miséria dos aparentemente incapazes, sem que me falte a necessária solidariedade. Quero uma religião que me faça sentir irmão de quem me contraria ou me rouba a esperança, também dos que me reverenciam inocentemente. Quero uma religião que retire a venda de minha cegueira, sem me tirar a ignorância completa, educando-me para a continuidade do aprendizado. Quero uma religião que não exclua nem estigmatize nenhuma criatura, nem crie castas de eleitos ou de salvos pela adoção de princípios lógicos. Quero uma religião cujo cântico e cuja liturgia incluam a voz da alma e o pulsar dos corações, para que um dia, quando não mais precisar de nada, eu encontre a mim mesmo.
Adenáuer,
ResponderExcluirQuero uma religião que eu encontre a mim mesmo. Muito sábio esse post.
Terminei de ler o seu livro "Psicologia e Universo Quântico" na verdade não li, devorei! Agora vou ler com calma. Gostei tanto que coloquei um pequeno trecho lá no nosso Blog "Toque do Anjo", é claro que, com os devidos créditos para o autor, bem como um link para o seu blog. Passei a conhecer o seu trabalho há algum tempo atrás quando li outro livro da sua autoria: "Felicidade sem Culpa".
É muito bom lhe encontrar na blogosfera e "beber" um pouco do seu saber através dos seus artigos.
Abraços fraternos,
Encontramos tudo isso no espiritismo, em seu tríplice aspecto : Ciência, Filosofia e religião.
ResponderExcluirBelas palavras.
Olá, tenho a felicidade de assistir suas palestras na TV CEI e hoje resolvi buscar algo mais na web a seu respeito e fiquei ainda mais feliz com o material que encontrei.
ResponderExcluirObrigado por seu lindo trabalho, muito obrigado.
Muita paz.
Maravilhoso texto.
ResponderExcluirUm abraço
Bia
Quero dizer obrigada pela linda refelxão.
ResponderExcluirAcredito que essa religião que buscamos é a religião pessoal, aquela que faz parte da nossa alma e que deve guiar os nossos passos, como você abordou maravilhosamente no seminário de domingo. Após a palestra, refleti sobre a minha religião pessoal, seguindo os passos que apresentou para nos guiar, e estou chegando a muitas conclusões.
ResponderExcluirObrigada!!!
Caro Adenáuer,
ResponderExcluirConheci da tua obra através da TV CEI e, agora, procuro não perder tuas palestras.
Tomei a liberdade de postar, no dia 17 de dezembro, teu texto "Quero uma religião" no meu blog: http://omultiplicador.wordpress.com
E, neste momento, acabei de receber pelo correio, teus livros "Liberdade sem culpa" e "Amor sempre" que, com certeza, iluminarão minhas férias.
Parabéns pela obra.
Um forte abraço.
Mário Campello