O ser humano é o mesmo espírito que vem, há milênios, buscando se encontrar. Seu olhar ainda não é completo. Seu instrumento para isso, o ego, ainda não está totalmente maduro. Muitos fatores interferem em sua percepção. Ele ainda não aprendeu que não precisa ver tudo, mas apenas o essencial. Deve entender que, para conhecer as coisas, é preciso dar a volta sobre si mesmo, olhando para seu próprio mundo interior. Não percebe, em sua momentânea cegueira, que Deus se escondeu em seu inconsciente. Acumula muita coisa no seu egoísmo e orgulho em excesso. Chegará um tempo em que estará pronto para encontrar e perceber a divindade. Um dia, quando liberto de seus próprios medos e preconceitos, tecidos pela ignorância em relação ao divino e a si mesmo, alcançará a liberdade de pensar uma Religião Pessoal. O caminho será longo, mas extremamente valioso para si mesmo. Quando então iniciar seu processo de vivência da Religião Pessoal, sofrerá reveses por conta das próprias armadilhas que criou, medroso de se perder nos labirintos complexos de sua psiquê religiosa. E os reveses acontecerão por conta, principalmente, do desejo infantil de salvar-se de algo que idealizou como sendo uma tragédia. Inconscientemente acredita que um grande perigo o ameaça e que o levará a ser banido eternamente. Teme o que ele próprio construiu. Sua mente ainda está estruturada na dialética bem x mal. Teme o abandono divino, qual criança apegada à mãe, temendo perder-se dela.
Oi Mestre,
ResponderExcluirEssa Jornada vai se tornando mais fácil quando a gente cruza o caminho de pessoas como você, que nos encoraja a mergulhar nesse oceano de águas escuras que ainda somos...E deixando o medo de lado as águas vão clareando, e daqui um pouco tornando-se a ficar escura de novo...O cansaço da subida a montanha e logo em seguida o alívio da descida...Estou curtindo essa Jornada. Obrigada!
A Jornada Interior:
ResponderExcluirA jornada é um percurso individual, íntimo, próprio e pessoal; É um movimento na descoberta do nosso ser, da sua essência, da sua criação. É o regresso do filho pródigo, à casa do Pai.
É a descoberta do mundo no nosso interior e a sua consequente e automática projecção no Universo infinito e eterno.
Os outros são sempre companheiros de viagem e como nós, também filhos do mesmo Pai, que tropeçam e coxeiam e se amparam, é no cansaço e na poeira do caminho que se deve perdoar aquele que ofende e amar todos, inclusive os inimigos, em nome de Cristo.
O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.
Amar o próximo é reconhecê-lo dentro de nós e dar-lhe o direito de lá existir e ter a capacidade de participar no nosso diálogo interior. Todos os efeitos são recíprocos e nenhum elemento age sobre outro sem que ele próprio seja modificado.
Por fim, descobrir e perceber que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos pobres, o mais insolente dos orgulhosos, o nosso maior inimigo, reside dentro de nós, somos nós!!!
Somos aquele quem mais precisa da esmola do nosso perdão, da nossa bondade e do nosso amor.
O nosso mundo interior, corresponde-se por sintonia com o universo cósmico, quanto maior for o nosso amor, maior a capacidade de intervenção no relacionamento com Deus, com os outros e connosco, e assim, naturalmente seremos projectados para faixas vibratórias similares cada vez mais próximas da divindade.
É o que penso neste meu actual estágio de desenvolvimento do que é a minha jornada, no futuro estarei sem dúvida mais próximo de estar correcto.
Eu que não sei nada, sinto que a jornada é longa. Ao mesmo tempo sinto também que jamais fui abandonado. Só preciso entender mais esse processo.
ResponderExcluirFrancisco